Diário de 2017 – Páscoa

Diário de 2017 - Páscoa

Dias 6 a 9 de Abril de 2017

Chegámos ao fim de mais uma campanha dos 40 dias pela vida. Passaram centenas de pessoas por lá a rezar pela vida destes bebés e destas mães em sofrimento. Na rua ou em frente ao Sacrário, dia trás dia durante estes 40 dias. Obrigada a todos os que participaram com a sua presença e oração, a todos os que ajudaram na organização e difusão quer de perto quer à distância. A nossa oração dará os seus frutos. Quero lembrar que a campanha acaba mas durante todo o ano continua a haver mulheres em sofrimento e bebés a serem mortos todas as semanas, uma média de 100 por semana, e 100 mães a ficarem feridas para toda a vida. Não deixem de continuar a passar pelas Mãos erguidas para rezar e para falar com as grávidas quem se sentir preparado enquanto outros rezam. Deixo mais três testemunhos dos últimos dias: Testemunho 1 “Quinta-feira resolvi de repente: vou rezar para as Mãos Erguidas. Era hora do almoço quando cheguei e fui sentar-me nos degraus. Vi os folhetos e resolvi rezar o terço. Passou um casal, fui cobardolas e não fui capaz de lhes dizer nada. Acabei o terço e pus-me a fazer oração mental. Chegam dois rapazes dos seus 16 ou 17 anos e dirigem-se a mim. Disse-lhes que estava a rezar à espera da abertura. Ficamos a rezar em voz alta. Entretanto passa outro casal e resolvi abordá-los. A rapariga estava a chorar e eu entreguei os papéis dos folhetos ao rapaz e abracei a rapariga. Falamos pouco mas vi-os olhar muito para a bela Nossa Senhora. Depois voltei e fiquei a conversar com os rapazes. Eram alunos do colégio Planalto. Não queriam acreditar que eu alguma vez na vida tivesse sido a favor do aborto como lhes contei…” Testemunho 2 “Participei todas as horas de almoço das sextas-feiras desta Quaresma. Cá fora, com chuva e frio ou um sol que queimava, ou no recolhimento do oratório, só ou acompanhada, mas sempre de coração apertado e inquieto com a situação dramática vivida ali ao lado. Rezei o terço da vinha de Raquel e outros terços de mistérios luminosos por todos e cada um. Agradeço muito esta oportunidade de rezar pela Vida. Uma Santa Páscoa para todos.” Testemunho de dia 6 de Abril de 2017, quinta-feira. Testemunho 3 “Estou a tirar o curso de Engenharia Mecânica e antes desta semana tive um teste no sábado dia 1 e já durante a semana tive na terça, dia 4, outro teste, e quarta estive o dia todo a preparar um laboratório de avaliação que seria quinta à hora de almoço. Depois de vários dias intensos de estudo, quinta de manhã, a última coisa que me apetecia era ter que me levantar para ir de bicicleta para a Clínica dos Arcos, falar com mães que vão abortar, tentar dissuadi-las, falhar, vê-las a sair a chorar e depois ir frustrado para a Universidade fazer a minha aula de laboratório para avaliação. Tenho uma grande devoção por São Miguel Arcanjo, é meu homónimo, todos os dias lhe rezo e rezo também ao meu Anjo da Guarda. Muitas vezes achamos que os Anjos servem para nos confortar e é verdade que muitas vezes o fazem, tal como fizeram a Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Sua oração no Monte das Oliveiras: “Então, vindo do Céu, apareceu-lhe um anjo que o confortava.” (Lc 22, 43). Também rezamos aos Anjos para que intervenham na nossa vida e realizem milagres, não acho que esta oração seja óptima ideia, não porque os Anjos não sejam capazes, mas porque para ser preciso a intervenção directa de um Anjo no mundo físico é preciso que haja algo de catastrófico para acontecer, é como se estivéssemos a rezar por um acidente, daquela vez que “por acaso” não morri atropelado provavelmente foi o meu Anjo da Guarda que me salvou. Os Anjos são óptimos pontapeadores (não sei esta palavra existe, o corrector do telemóvel diz que não), é verdade, são óptimos a dar pontapés, o meu passa o dia todo a dar-me pontapés no traseiro, e rezo para que continue a fazê-lo todos os dias. Como assim pontapés? Perguntam vocês. Sim, pontapés, e dos grandes! Às vezes de manhã, ajudo o Anjo da Guarda do meu irmão a levantá-lo, custa muito ao meu irmão levantar-se cedo e tem feito um grande esforço, como tal pediu-me que todas as manhãs em que me levantasse mais cedo do que ele, eu o acordasse. Coitado… Normalmente o truque é: abro a persiana do quarto de repente e deixo o sol entrar, atiro-lhe duas almofadas, bato palmas e salto para cima dele gritando: “Moche ao Duarte!” e “Bom dia, toca a acordar!”, Coitado… Mas a verdade é que funciona, ele na altura resmunga sempre, como é normal, mas quando já está vestido e pronto para sair a horas de chegar a tempo da aula da manhã agradece-me pela violência. Os Anjos não podem violar a nossa liberdade e não sabem o que pensamos, embora os nossos Anjos da Guarda nos conheçam melhor que nós a nós mesmos, por isso eles não podem mudar a nossa vontade, mas podem influenciá-la. Como? Perguntam vocês. E eu repito: ao pontapé! Na manhã desta quinta-feira estava eu a dormir e com preguiça de me levantar, quando simultaneamente com o toque do despertador recebi um valente pontapé do meu Anjo da Guarda. Que me disse: Levanta-te, arranja-te e vai rezar para a frente da Clínica dos Arcos! Disse-lhe: Não quero, tive uma semana difícil e hoje tenho um laboratório, preciso de descanso! Deu-me mais um pontapé e ao segundo foi de vez, levantei-me, desliguei o despertador e resmunguei, tal como o meu irmão faz comigo: Pronto já estou acordado, contente?! Quantas vezes perdemos esta primeira batalha do dia de nos levantarmos às horas a que nos propusemos? E quão duro e desmotivante é começar o dia logo a perder… Se ao menos estivéssemos mais atentos aos pontapés dos nosso Anjos da Guarda… Afinal Anjo

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Dias 2, 3, 4 e 5 de Abril de 2017

No domingo tivemos uma família de Aveiro que vem todos os anos para rezar nesta campanha dos 40 dias pela vida. Vão e vêm no mesmo dia. Na segunda-feira estiveram 9 pessoas, na terça feira 16 pessoas e hoje quarta feira 15 pessoas incluindo um casal com os seus 7 filhos no fim do dia. Deixo aqui alguns testemunhos destes dias “(…) deixo aqui o meu testemunho das segundas feiras, das 17 às 19. Também eu esperava ir “salvar almas” e afinal Jesus quis-me só a rezar. Mais pareceram 10 minutos em vez de duas horas! Quando estamos a fazer companhia a Jesus é assim, as horas parecem minutos! Naquela capelinha tão pequena e em que me senti como em casa, Nossa Senhora acolheu-me e eu senti-me acolhida. Rezei o “terço da Raquel”, por acaso tropecei no livrinho logo no primeiro dia. Acho que não foi por acaso, pois acabei por rezá-lo todas as segundas feiras, e foram tantas as intenções rezadas em cada Ave Maria do terço. Tive ocasiões sozinha! Jesus presente no Sacrário, Nossa Senhora e eu! Que graça enorme recebi! Parti para estes dias com intenção de dar e acabei por receber!Até cantei para Jesus quando me encontrei sozinha na capela. (…)Obrigada por me ter sido dada esta oportunidade! Um grande beijo a toda a equipa dos 40 dias pela vida” “Olá! Foi a primeira vez que participei e gostei muito. Fui desafiada por uma prima minha que teve uma gravidez atribulada e muito rezada por toda a família. Tambem por isso e pelo seu Sim à vida me senti obrigada a rezar por pessoas aflitas, por outras ‘primas’ que estejam a precisar que Nossa Senhora as guie. Sem querer imagino sempre grandes coisas e grande adesão.. mas mais uma vez os caminhos de Deus mostram que somos poucos e pequenos mas que se rezarmos com fé as nossas orações serão atendidas. Tal qual os Pastorinhos de Fátima 🙂 Senhor eu creio mas aumenta a minha fé. Obrigada pelo desafio, organização e companhia nestes dias” “Boa noite , infelizmente e enquanto eu estive là (entre as 8:25 e as 11:05) nao houve boas histórias para contar, as pessoas entravam e não paravam e não ligavam ao que nós lhes diziamos. A clinica abriu às 8:30 e entraram logo 5 mulheres e acompanhantes. (,,,) Apenas consegui falar um pouco mais tempo com um jovem negro que veio cà fora e cuja mulher branca tinha-nos respondido antes com maus modos. Ele estava então sòzinho, era muçulmano, tinha-se juntado com ela há pouco tempo e nao sabia nada se ela estaria gràvida mas disse que ela tinha recebido conselhos de um mèdico para nao engravidar, que a religiao dele era contra o aborto e nao sabia que aquele lugar era uma Clìnica de abortos. Eu ofereci-me para os levar a um outro mèdico para ouvirem outra opiniao mèdica, mas ele nao mostrou interesse. (…)”

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30,31 de Março e 1 de Abril de 2017

Dia 30 estiveram 13 pessoas a rezar nos vários turnos e dia 31 dezanove pessoas. No sábado dia 1 apenas estiveram 6 pessoas. Deixo-vos um testemunho da semana passada onde tivemos noticia de mais um bebé que vai nascer!! “Cheguei à casa das Mãos Erguidas, eram 11H, disse os bons dias à Carla que lá tem estado, pacientemente, sempre pronta para nos abrir a porta. Entrei na Capela para também dar os bons dias a Jesus sacramentado, depois de o fazer com uma curta oração, saí da Capela, peguei nos panfletos com o número do ponto de apoio à vida, nos panfletos com as imagens de bebés abortados, nos DVDs de um médico a fazer e explicar um aborto e em panfletos da Vinha de Raquel para as mães que já tivessem abortado. Armado do terço, a melhor arma do Cristão, fui rezá-lo para a entrada da clínica. À mesma hora que eu estavam: um amigo meu, a minha prima, a minha tia, um senhor e uma senhora muito simpáticos e muitíssimo eficientes na abordagem às pessoas que entravam na clínica. Enquanto rezavamos os mistérios dolorosos iam entrando várias pessoas. Desta vez só fiquei em frente à clínica uma hora. Nessa hora entraram 16 mulheres. Os senhores com quem estávamos não deixavam escapar ninguém, abordavam as mulheres, namorados, funcionários, maridos, amigas, amigos, todos os que entravam e saiam da clínica não tinham hipótese de passar a porta sem serem interpelados por aqueles servos de Deus. Movido pela sua coragem e atitude militante abordei também todos aqueles que lhes escapavam quando já estavam a falar com alguém. Às tantas, depois de muitas abordagens falhadas, houve um par de raparigas africanas nos seus 20 anos que ao saírem da clínica e verem-nos de terço na mão disseram: ” Não sei se foi a vossa oração mas ela desistiu de abortar e vai ter o filho!” Que alívio ouvir aquelas palavras, por momentos, meros segundos, a tristeza de estar diante daquele matadouro, desvaneceu, mas as mães continuavam a entrar e depressa a alma é invadida por uma profunda dor. Neste dia entraram cerca de três mães com filhos, estes brincavam nas escadas e saltavam os degraus, “Deixem vir a mim as criancinhas”, é o que parece dizer a estátua de Nossa Senhora que está na porta da casa das Mãos Erguidas imitando o seu filho muito amado, enquanto olha com dor toda aquela afluência. Uma das mulheres que saiu da clínica e eu abordei, olhou para mim com os olhos em lágrimas, tocou-me no braço e disse-me: “Já está feito.” Quis consolá-la e dar-lhe o panfleto da Vinha de Raquel mas pediu que me afastasse e foi-se embora a chorar. Também ouvi o seguinte: ” Não se preocupe, já passou do tempo, vou ter que ter o miúdo, eles disseram-me que se for para Espanha, ainda posso fazer, logo se vê…”. O desprezo com que falam da vida humana é um desgosto para nós. Imaginem a dor de Deus Nosso Senhor que nos ama infinitamente. No outro dia numa palestra sobre o aborto decorei os seguintes números: -Em Portugal fazem-se desde 2007 uma média de 17000 abortos por ano, em 2011 fizeram-se cerca de 20400, desde então o número absoluto de abortos tem descido, assim como a natalidade em Portugal. Na verdade, desde 2007, a média de abortos por 1000 bebés nascidos mantém-se, o ano passado, se não estou em erro foram mortos 191 em cada 1000, quase 20%. Em Lisboa a percentagem de bebés abortados por cada 1000 nascimentos é 30% (300 bebés), a clínica em Portugal onde se faz grande parte destes abortos, a que mais mata, é a Clínica dos Arcos. -Em Portugal não há renovação de gerações e o Estado em vez de promover politicas de natalidade e de ajuda às famílias e mães que desistem de abortar, promove o aborto, que é 100% comparticipado, nem sequer taxas moderadoras se pagam. Mais! A clínica que faz este procedimento em grande escala no nosso país é privada ( A Clínica dos Arcos)… não me digam que não há interesses económicos por detrás deste flagelo. O pior é que é o dinheiro dos contribuintes que paga este genocídio. As instituições que ajudam as mães que desistem de abortar são todas privadas, quase todas associadas à Igreja Católica e vivem de donativos. – Por último queria dizer que a probabilidade de uma senhora à espera de bebé, que vive com o pai da criança, abortar é 9%, uma senhora que não viva com o pai da criança tem 38% de probabilidade de abortar. As mães sozinhas têm 4 vezes mais probabilidade de abortar. O aborto também é culpa dos homens cobardes e irresponsáveis. Rezemos juntos pelo fim do aborto. Jaculatória:Senhor Jesus, protegei e salvai os bebés não nascidos, livrai-nos do flagelo do aborto”

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Dia 29 – Março 2017

Hoje estiveram 25 pessoas a rezar, vieram alunos do colégio Planalto e jovens do grupo de jovens da paroquia de Telheiras. Ontem o grupo da Missão País que preencheu o dia todo deixou-nos o seguinte testemunho Testemunho dia 28.03.2017 “Decidimos fazer um dia de missões neste enorme projeto que é o “40 Dias Pela Vida”, achámos que seria bom para nós e que não haveria causa maior do que a defesa da vida, mas não estávamos à espera do que lá iríamos ver e experienciar. A primeira coisa que fizemos, logo pela manhã, foi companhia a Nosso Senhor Sacramentado para lhe entregar o dia e todos os bebés que à nossa frente iriam ser mortos ou, pela Sua graça, salvos. Mas nunca pensámos que salvá-los fosse tão difícil. Abordámos muita gente e fomos muitas vezes atacados, chamaram-nos terroristas, loucos e fundamentalistas, fomos acusados de ser “pessoas sem noção da vida” e isto abateu-nos… como é que é possível que aquelas pessoas que matam os próprios filhos ou ajudam a matar os dos outros nos venham chamar terroristas a nós? Muitas foram as vezes em que nem se quer uma crítica ouvimos, e fomos pura e simplesmente ignorados, porque nem estavam dispostos a ouvir o que lhes tínhamos para dizer e em vez disso viravam-nos costas. Mas acabámos por perceber que aquilo de que estávamos à espera- mulheres despreocupadas com o assassínio de um bebe- não era bem assim. A maior parte das mães com quem falámos estavam em sofrimento e desespero por estarem a fazer uma agressão contra a vida. Muitas não conseguiam admitir que eram as próprias que iriam entrar naquele bloco operatório, outras tentavam defender-se com os clássicos argumentos de “ainda ser um feto” ou “só começamos a amar um filho quando o sentimos na nossa barriga”, mas a verdade é que todas estavam sentadas naquelas escadas à porta da Clínica dos Arcos agarradas à barriga e à procura da mais pequena forma de consolação da parte das amigas ou do pai do filho que iria desaparecer. Não consigo bem explicar o que sentia enquanto olhava para a porta daquele sítio sinistro. Mais parecia um intervalo escolar em que os alunos saem para ir fumar um cigarro, mas era um cigarro marcado pela dor, terror, medo e desespero em relação àquilo que estava prestes a acontecer, nós às tantas ficávamos sem palavras- calados sem saber mais o que fazer. Todas aquelas raparigas com quem falámos, miúdas da nossa idade, estavam a fazer algo que lhes custava muito mas “que tinha de ser feito” porque “mais vale não ter o bebe do que tê-lo sem lhe poder dar condições de vida razoáveis”, queria gritar e explicar-lhes que havia outras opções, que a vida não é pior só porque naquele momento não têm muito dinheiro, que há pessoas que as podem ajudar a lutar e a ter uma vida boa e digna com os filhos, mas não podia, não conseguia… Elas não queriam continuar a ouvir estas coisas, não queriam os panfletos, não queriam ver as imagens, tudo o que elas queriam era que nós nos calássemos para que não tivessem de ter mais consciência daquilo que iriam fazer. Pareciam-me mais felizes por estarem a viver na ignorância… Foi muito duro. Quando já estávamos exaustos e sem saber mais o que fazer decidimos sentar-nos em frente à Nossa Senhora que está à porta, vigiando todos os seus filhos pequeninos, e rezar o terço. Foi um momento de grande união com Nosso Senhor, foi uma oração muito bonita. Éramos mais ou menos 10 e sentámos-nos no chão, de frente para as mulheres com quem tínhamos estado a falar e rezámos, rezámos por elas, pelos filhos delas, por nós, pelos políticos do nosso país e por todos aqueles que têm nas mãos uma decisão de tamanha importância- a vida de uma pessoa. Meditámos sobre os mistérios dolorosos e sentimos a grande dor daquelas mães, dos seus bebes e de Nosso Senhor ao ver aquela monstruosidade. No fim do dia, todos percebemos que tínhamos que lá voltar, que a nossa missão neste mundo passa por tentar salvar uma vida que seja e que o poder da oração é mais forte do que alguém possa imaginar. Fez-nos muita confusão e todos saímos de lá abalados, mas foi um ótimo “wake up call” para as atrocidades que andam a acontecer no mundo e foi uma grande motivação para nunca nos esquecermos de rezar pelas vidas que ali se perdem e pelas mães que dali saem feridas para o resto da vida.” Missão País CLSBE II

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Dias 27 e 28 – Março 2017

Hoje estiveram 29 pessoas a rezar e tivemos a graça de ter mais um Sacerdote a celebrar Missa na casa das Mãos Erguidas às 13 h .Ontem estiveram 14 pessoas e deixaram-nos este belo testemunho: “Amigos!Não resisto e vou já contar as maravilhas desta manhã:::::Amargurados com tanta entrada e saída na Clinica, gente novinha e mais entradota, carrões e carrinhos eis que pára mais um táxi!!! sai uma adolescente e pouco depois, o taxista aborda o Carlos – este local é aquele desgraçado que estou a pensar, não é? Confirmado e explicado o taxista só dizia que se adivinhasse se teria recusado a levá-la… O Carlos perguntou-lhe se era cristão e ele disse que “ainda não ” e por fim agarrou em 10€ e disse-lhe “tome lá, é para vocês” (Todos achamos que era a nota com que a rapariga lhe pagou) E ainda:::: Pouco depois veio ter connosco uma miúda Cabo-verdiana, com belo barrigão e toda bem disposta mas a resmungar dizendo que fomos muito rápidos a dizer que ajudávamos mas que o bebe estava prestes a nascer e “ainda não tenho nada para lhe vestir” “Vá lá dentro e sirva-se do que necessitar” disse-lhe o Paulo Assim foi, sempre às “bocas” ao malandro do marido que a abandonou, foi escolhendo roupinhas “novinhas” outras menos, toucas, casaquinhos, etc; por fim pediu fraldas que já tenho no carro e conto lá deixar ainda hoje pois amanhã, será o seu último dia de trabalho antes da bebe nascer e ficou de lá as ir buscar!! Pena as caras no chão, os cigarros consecutivos, … daquelas tantas que passaram pelos Arcos!Que Deus a todos nos ajude Vao”

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Dias 25 e 26 – Março 2017

Ontem esteve o dia todo preenchido com 11 estudantes da universidade Católica. Um dos voluntários deixou-nos este testemunho “Hoje a Igreja celebra a solenidade da anunciação. Hoje a mãe de Jesus, que é a nossa mãe, ficou grávida. Não era rica, não tinha televisão, frigorífico, carro, telemóvel, a casa provavelmente não seria um palácio, não havia água quente, a comida seria escassa, não havia wi-fi nem ecografias nem epidural, era adolescente e não tinha uma carreira.. quando soube que ia ser mãe, o marido até pensou repudia-la! Enfim, hoje diríamos que nao tinha “condições mínimas” para poder ser mãe. Mas, não só disse sim quando lhe perguntaram se queria ser mãe de Deus, como amou o seu Filho como nunca nenhuma outra mãe há-de amar o seu filho e o Filho amou-a como nunca nenhum outro filho há-de amar a sua mãe. Como Maria, tantas mães há que são amadas por Deus e queridas mesmo nas suas dificuldades. Porque é que Maria disse “fiat”, faça-se, e tantas mães dizem “não”? Porque so está em paz aquele que descansa em Deus, aquele que se abandona na Sua misericórdia e, assim, sabe não estar só. Quando não temos isto presente, facilmente entramos em pânico ao pensar que sozinhos vamos ter de resolver todos os nosso problemas o que é naturalmente impossível. No dia em que Nossa Senhora disse “faca-se em mim segundo a Vossa palavra” rezamos ao Pai por intercessão de Maria, para que as mães deste mundo sejam tocadas pelo amor de Deus e saibam dizer sim aqueles que trazem dentro de si, que pelo baptismo se tornarão, também eles, filhos de Deus.”

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Dias 21,22,23 e 24 – Março 2017

Ontem uma rapariga saiu da clínica com um sorriso. Ela ia à clínica para abortar mas fizeram lhe a ecografia e estava de 12 semanas pelo que não pôde ser. Saiu contente a dizer ” vou ter o bebé “. Entretanto enquanto estavam 6 pessoas a rezar discretamente o terço na rua um missionário abordou duas mulheres. Eram uma tia e uma sobrinha, ambas grávidas. A sobrinha tem 17 anos e a mãe dela, irmã da tia, é que quer que aborte. Mas a tia disse ” eu vou ter o meu filho e a minha sobrinha também! Vou convencer a minha irmã ” e foram as duas muito decididas a ter os seus filhos. Rezemos para que a mãe da rapariga não a obrigue a abortar. Entretanto outra mulher grávida do seu terceiro filho foi fazer a ecografia e o aborto ficou marcado para a semana. Diz que já tem dois e não tem condições para ter um terceiro. O marido está disposto a aceitar qualquer decisão que ela tome, de abortar ou de ter a criança. Levou o folheto do ponto de apoio à vida e ficou de pensar…

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Dias 17, 18 , 19 e 20 – Março 2017

Na sexta feira tivemos 45 pessoas a rezar, 25 durante o dia e 20 no último turno. No fim de semana no entanto estiveram muitos turnos vazios. Aqui ficam os testemunhos de sexta feira “Boa noite, ontem estiveram 20 adolescentes entre os 14 e os 15 anos, e 5 animadores da Paroquia de S. Jorge de Arroios a rezarem e ouvirem os testemunhos que têm publicado este ano.Devido talvez termos chegado às 19h30 a casa das Mãos Erguidas estava fechada, mas ainda havia movimento na Clínica dos Arcos.Os jovens ficaram sensibilizados com o que lhes partilhamos. Um perguntava: porque não proíbem o aborto?; outra perguntava: porquê só 40 dias?Comprometeram-se a rezar uma Ave Maria por todas mães, bebés e pessoal medico e enfermeiros da Clínica. Um abraço amigo e obg. por esta oportunidade.Duc-in-Altum de Arroios” “Boa noite, estive na sexta feira na hora do almoço a rezar no oratório em frente ao Sacrário. Rzei por todas as mães, pais, médidos, enfermeiros, psicólogos, amigos e professores, assim como pelos políticos dos nosso pais. Que a ternura de Nossa senhora nos inspire e o Espirito Santo a todos ilumine e encaminhe para uma cultura de esperança e vida” Hoje, segunda feira estiveram muitas pessoas a rezar, estiveram alunas do colégio MiraRio na hora de almoço. Amanhã contamos mais pormenores.

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Dias 15 e 16 – Março 2017

Hoje uma mulher de 39 anos saiu a chorar depois de ter feito um aborto. Disse à missionária das mãos Erguidas que a abordou que só queria ir para casa meter-se na cama e chorar. Não tinha filhos, e disse ” eu que nunca fiz mal a ninguém nem sequer a uma formiguinha tive de fazer isto ao meu próprio filho”, e tocava na barriga ao mesmo tempo que dizia que gostava de pedir-lhe desculpa. Levou um folheto das Vinhas de Raquel e disse que ia fazer o retiro. Ontem estiveram 11 pessoas a rezar nos vários turnos, hoje apesar de haver apenas duas pessoas inscritas acabaram por aparecer 7 distribuídas por vários turnos mais ainda ficaram turnos por preencher Aqui segue um forte testemunho de hoje “Hoje, quinta feira dia 16 de Março de 2017, estive a rezar em frente à clínica dos arcos das 9H40 às 11H10. Durante a 1H30 que lá estive entraram 33 mulheres. Dessas 33 mulheres, 18 foram acompanhadas de maridos/namorados/amigos, 8 foram acompanhadas de amigas, e as restantes 7 foram sozinhas. Apenas 4 foram a pé, as outras 29 foram de carro ou táxi. Reparei que 3 delas vieram em três bons carros com a matricula deste ano, um Mercedes, um BMW e um Porsche. Apenas 4 destas 33 mulheres eram luso-africanas. Houve 2 mulheres que entraram com filhos pequenos na clínica. Bem sei que 33 não é uma amostra substancial comparada com os 17000 abortos que há por ano em Portugal, mas pelo que vi hoje só posso concluir que o mito das mães desacompanhadas, pobres e africanas é que abortam é completamente falso. Rezei um Rosário lá fora enquanto contava quem ia entrando, sempre que alguém se aproximava da porta, de terço na mão olhava-a nos olhos. Ninguém veio falar comigo. Rezei pelos bebés não nascidos, pelas mães e pelos pais daquelas crianças, e também pela conversão de todos os que ali trabalham. Na Islândia 100% dos bebés que são diagnosticados com Trissomia 21 durante a gravidez são abortados. Também rezei pelos nossos políticos para que Portugal não continue a caminhar em direcção ao abismo que é esta cultura de morte.”

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Dias 13 e 14 – Março 2017

Ontem segunda feira estiveram 28 pessoas a rezar nos vários turnos. Tivemos a alegria de ter a presença de um Sacerdote que celebrou a Santa missa no oratório das Mãos Erguidas e hoje também.Ontem estiveram muitos jovens da EJNS L 260 e hoje o dia foi organizado pela paróquia de Telheiras. Tivemos a graça de ter lá hoje dois Sacerdotes a rezar por estas mães e bebés. Hoje terça feira estiveram 18 pessoas a rezar nos vários turnos Hoje dia de muitos abortos tal como quarta e quinta-feira… Saíram muitas raparigas que tinham acabado de abortar e mal podiam andar. uma delas era muito novinha e saiu ainda meio anestesiada. Aceitou o folheto das Vinhas de Raquel (para mulheres com trauma pós aborto) dado por um missionário e passados uns instantes veio um carro buscá-la, eram os seus pais. Foram abordados vários casais , todos diziam que não tinham dinheiro para ter mais filhos. Um pai dizia que já tinha três filhos doutro casamento e a companheira tinha também dois filhos doutra relação e nenhum dos dois queria ter mais filhos pois já tinham muitos para sustentar. De qualquer maneira ficaram de pensar…

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