Dias 6 a 9 de Abril de 2017
Chegámos ao fim de mais uma campanha dos 40 dias pela vida. Passaram centenas de pessoas por lá a rezar pela vida destes bebés e destas mães em sofrimento. Na rua ou em frente ao Sacrário, dia trás dia durante estes 40 dias. Obrigada a todos os que participaram com a sua presença e oração, a todos os que ajudaram na organização e difusão quer de perto quer à distância. A nossa oração dará os seus frutos. Quero lembrar que a campanha acaba mas durante todo o ano continua a haver mulheres em sofrimento e bebés a serem mortos todas as semanas, uma média de 100 por semana, e 100 mães a ficarem feridas para toda a vida. Não deixem de continuar a passar pelas Mãos erguidas para rezar e para falar com as grávidas quem se sentir preparado enquanto outros rezam. Deixo mais três testemunhos dos últimos dias: Testemunho 1 “Quinta-feira resolvi de repente: vou rezar para as Mãos Erguidas. Era hora do almoço quando cheguei e fui sentar-me nos degraus. Vi os folhetos e resolvi rezar o terço. Passou um casal, fui cobardolas e não fui capaz de lhes dizer nada. Acabei o terço e pus-me a fazer oração mental. Chegam dois rapazes dos seus 16 ou 17 anos e dirigem-se a mim. Disse-lhes que estava a rezar à espera da abertura. Ficamos a rezar em voz alta. Entretanto passa outro casal e resolvi abordá-los. A rapariga estava a chorar e eu entreguei os papéis dos folhetos ao rapaz e abracei a rapariga. Falamos pouco mas vi-os olhar muito para a bela Nossa Senhora. Depois voltei e fiquei a conversar com os rapazes. Eram alunos do colégio Planalto. Não queriam acreditar que eu alguma vez na vida tivesse sido a favor do aborto como lhes contei…” Testemunho 2 “Participei todas as horas de almoço das sextas-feiras desta Quaresma. Cá fora, com chuva e frio ou um sol que queimava, ou no recolhimento do oratório, só ou acompanhada, mas sempre de coração apertado e inquieto com a situação dramática vivida ali ao lado. Rezei o terço da vinha de Raquel e outros terços de mistérios luminosos por todos e cada um. Agradeço muito esta oportunidade de rezar pela Vida. Uma Santa Páscoa para todos.” Testemunho de dia 6 de Abril de 2017, quinta-feira. Testemunho 3 “Estou a tirar o curso de Engenharia Mecânica e antes desta semana tive um teste no sábado dia 1 e já durante a semana tive na terça, dia 4, outro teste, e quarta estive o dia todo a preparar um laboratório de avaliação que seria quinta à hora de almoço. Depois de vários dias intensos de estudo, quinta de manhã, a última coisa que me apetecia era ter que me levantar para ir de bicicleta para a Clínica dos Arcos, falar com mães que vão abortar, tentar dissuadi-las, falhar, vê-las a sair a chorar e depois ir frustrado para a Universidade fazer a minha aula de laboratório para avaliação. Tenho uma grande devoção por São Miguel Arcanjo, é meu homónimo, todos os dias lhe rezo e rezo também ao meu Anjo da Guarda. Muitas vezes achamos que os Anjos servem para nos confortar e é verdade que muitas vezes o fazem, tal como fizeram a Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Sua oração no Monte das Oliveiras: “Então, vindo do Céu, apareceu-lhe um anjo que o confortava.” (Lc 22, 43). Também rezamos aos Anjos para que intervenham na nossa vida e realizem milagres, não acho que esta oração seja óptima ideia, não porque os Anjos não sejam capazes, mas porque para ser preciso a intervenção directa de um Anjo no mundo físico é preciso que haja algo de catastrófico para acontecer, é como se estivéssemos a rezar por um acidente, daquela vez que “por acaso” não morri atropelado provavelmente foi o meu Anjo da Guarda que me salvou. Os Anjos são óptimos pontapeadores (não sei esta palavra existe, o corrector do telemóvel diz que não), é verdade, são óptimos a dar pontapés, o meu passa o dia todo a dar-me pontapés no traseiro, e rezo para que continue a fazê-lo todos os dias. Como assim pontapés? Perguntam vocês. Sim, pontapés, e dos grandes! Às vezes de manhã, ajudo o Anjo da Guarda do meu irmão a levantá-lo, custa muito ao meu irmão levantar-se cedo e tem feito um grande esforço, como tal pediu-me que todas as manhãs em que me levantasse mais cedo do que ele, eu o acordasse. Coitado… Normalmente o truque é: abro a persiana do quarto de repente e deixo o sol entrar, atiro-lhe duas almofadas, bato palmas e salto para cima dele gritando: “Moche ao Duarte!” e “Bom dia, toca a acordar!”, Coitado… Mas a verdade é que funciona, ele na altura resmunga sempre, como é normal, mas quando já está vestido e pronto para sair a horas de chegar a tempo da aula da manhã agradece-me pela violência. Os Anjos não podem violar a nossa liberdade e não sabem o que pensamos, embora os nossos Anjos da Guarda nos conheçam melhor que nós a nós mesmos, por isso eles não podem mudar a nossa vontade, mas podem influenciá-la. Como? Perguntam vocês. E eu repito: ao pontapé! Na manhã desta quinta-feira estava eu a dormir e com preguiça de me levantar, quando simultaneamente com o toque do despertador recebi um valente pontapé do meu Anjo da Guarda. Que me disse: Levanta-te, arranja-te e vai rezar para a frente da Clínica dos Arcos! Disse-lhe: Não quero, tive uma semana difícil e hoje tenho um laboratório, preciso de descanso! Deu-me mais um pontapé e ao segundo foi de vez, levantei-me, desliguei o despertador e resmunguei, tal como o meu irmão faz comigo: Pronto já estou acordado, contente?! Quantas vezes perdemos esta primeira batalha do dia de nos levantarmos às horas a que nos propusemos? E quão duro e desmotivante é começar o dia logo a perder… Se ao menos estivéssemos mais atentos aos pontapés dos nosso Anjos da Guarda… Afinal Anjo